POEMA pronto, greve na França, filho casando

E tanta coisa que acontece que nem dá pra acompanhar!

- 25 de Setembro, casamento do Anand e da Iara. Meu primeiro filho que se vai oficialmente. Dançamos até! Marina ainda campeã de organizar as melhores festas! Beijo grande Marina e Fernando!

- os franceses contra a mudança da legislação, que estabelece a idade mínima para a aposentadoria (reforma, em Moçambique) em 62 anos (hoje 60), e da idade para receber uma pensão completa em 67 anos (hoje 65). O presidente (aqui chamado de Monsieur Sako) força a situação. Os sindicatos e grupos da população forçam um retrocesso. Até agora o Governo ganha, com a lei praticamente aprovada. Por outro lado, refinarias estão bloqueadas há algum tempo, e o povo não tem combustível. O ar deve estar bem mais limpo nos últimos dias. Nosso carro está parado há uma semana. Ontem 25 km de bicicleta. Na saúde, efeitos colaterais positivos e inesperados da mudança da lei da segurança social. Quarta-Feira é aprovação final. Vamos ver.

- já nos vamos deslocar de novo, e o próximo post deve ser da África do Sul.

- O projecto POEMA encerrou uma de suas fases mais difíceis: conseguimos completar a elaboração dos módulos, que contêm não só conhecimentos de muitas pessoas sobre muitas partes dos processos de Gestão do Estado Moçambicano, como conseguimos colocar no papel metodologias de capacitação inovadoras. Hurray! Feliz e orgulhosa da equipa!

- O frio chegou aqui com o Outono europeu. Hoje chuvinha e céu cinza. Ontem inauguração da reabilitação da Fonte dos Anjos, uma fonte do século XVII aqui pertinho de casa, que voltou a funcionar, e com água potável! Inauguração à Francesa, com vinhos e petiscos. Primeira vez que vimos o prefeito. Monsieur le Maire. Lembro de Bonn, uma beleza vermelha do Outono!

- E as eleições brasileiras estão à porta. Recebo todos os dias montes de emails pró-Serra e pró-Dilma. Devo confessar que os emails pró-Serra são mais chatinhos, porque são em geral contra-Dilma e não apresentam nenhuma proposta que não seja essencialmente ficar na mesma, e se possível melhorar a vida da classe média e moralizar o país. O PT entra mais no campo das idéias, especialmente seus defensores, que criticam a excessiva privatização, a falta de investimento na educação etc. O páreo é duro quando se entra em algumas áreas em que o PT nunca foi assim forte, como das políticas de saúde pública. Todos os políticos se renderam ao discurso moralista de serem contra o aborto, por exemplo, quando todo mundo sabe que se o pratica na casa de todos, mas com risco somente para os pobres, que o fazem na cozinha. O PT vendeu a alma para ganhar a eleição. Talvez seja melhor assim. Melhor do que o contrário: fingir ser social-democrata e entregar o país pros bancos depois.

- Ixe, acabei de receber mais um email sobre as eleições. E eu que nem posso votar aqui! Vou lá ver os argumentos...